A partir do momento que a Globo resolveu chamar pessoas famosas para participar do reality show, o Big Brother Brasil passou de ser um programa em que as pessoas tentam receber a premiação final de 1 milhão (ou mais) de reais, para na verdade, conseguirem engajamento e público suficiente para se tornarem a nova Juliette Freire.
Dispensamos qualquer introdução sobre quem é a Juliette, mas é interessante relembrar que ela entrou no reality show como uma pessoa totalmente anônima, e saiu famosa, milionária, com uma série de marcas querendo um pedacinho da nordestina.
O mais interessante disso tudo é que Juliette continuou com o destaque mesmo após o fim do programa, diferente de outros vencedores que voltaram pro anonimato, que gastaram todo o dinheiro da premiação com futilidades, e quando buscamos o nome do Google só encontramos notícias como “Lembra dele? Veja como ele está atualmente”.
A obrigatoriedade em ter uma rede social, uma equipe de marketing boa, e ser—ou tentar—uma pessoa correta sem forçação de barra como o Fiuk são os requisitos para quem quer sair do programa como um criador de conteúdo ou influencer com um sucesso tão grande como o de Juliette. Só que não é tão fácil quanto parece.
A edição de 2023 deixou isso muito claro, com uma série de participantes que após saírem da casa relatando a falta de oportunidades em empresas querendo fechar parcerias.
Na publicação feita pela Revista Quem, a equipe do ex-bbb Michel trouxe que “Ainda que a gente saiba que poucos se destacam, não pensei que seria tão difícil para a maioria. Juro, vocês não sabem, mas todos estão devendo ou gastando o que não tem em busca de oportunidades”.
Não faço julgamentos sobre o que cada um quer sobre a sua vida, mas é loucura pensar como pessoas podem desistir de muitas coisas, mesmo passando dificuldades, para tentar seguir uma “carreira” de criador de conteúdo.