Autor: mateusvillain

  • Não compensa ter um iPhone

    Já tem alguns dias que eu venho pesquisando com maior profundidade, e vendo uma série de comparações, fora também a experiência que tenho com tecnologia, sobre ter um Android (mais especificamente da Samsung) ou ter um iPhone.

    Eu sempre tive Android, e raros contatos com iOS, nunca me interessei muito pelo sistema, mas é inegável dizer que ter um iPhone é diferente, começando pelo próprio nome. Quando você tem um dispositivo Android, você tem um celular. Quando você tem um iPhone, você tem um iPhone.

    Mas ninguém vive só de nome, ou pelo menos não deveria. Celular já é um bem comum, e eu preciso dele pra comunicação assíncrona, leitura, vídeos… Qualquer coisa para quando estou longe do computador e estou sozinho e entediado. Mas um tédio não me parece valer 5 mil reais.

    Ok, posso ser um pouco hipócrita porque eu gastei 11 mil reais comprando um Galaxy Z Fold4, mas eu já aprendi a lição e nunca mais pretendo fazer isso na minha vida. Percebi que celulares são bens descartáveis, é pra ser simples, e qualquer celular de no máximo 2 mil reais vai dar conta das coisas que eu faço, que é basicamente WhatsApp e YouTube.

    Mas voltando ao foco do tópico. Com todas as comparações que já fiz e já vi, eu realmente não consigo ver pontos positivos para se comprar um iPhone. Sinceramente, a conta não bate, não tem benefícios tão exclusivos que explicam o valor absurdo. Com o preço de um iPhone recém lançado, eu poderia comprar o top de linha de qualquer outra marca, obviamente Android, pagar muito menos e ainda ter muito mais, e aí vem os mesmos argumentos que sempre ouço, principalmente de vendedores.

    O primeiro é a conexão entre os ecossistemas. Realmente, a forma como um iPhone se conecta e conversa com Apple Watch e Mac é formidável, mas convenhamos, isso não é mais tão exclusivo. A Samsung executa isso tão bem quanto a Apple com seus próprios dispositivos, e ainda se integra muito bem com o Windows no Galaxy Book. E digo mais, eu não tenho um Galaxy Book, e sim um computador que eu mesmo montei, com Windows, e só pelo fato de existir o aplicativo “Seu celular” para Android, eu consigo conectar e transferir informações em tempo real do meu celular para o meu PC.

    Questões mais específicas de hardware, como processador, memória RAM, e armazenamento não são tão exclusivas. Pro usuário médio, uma configuração de top de linha não é necessária. Armazenamento se resolve com cartão SSD, ou até mesmo com nuvem.

    Ah, mas a câmera do iPhone é sem igual, é muito superior a de outros dispositivos, e fica perfeita no Instagram.

    Como eu estou escrevendo pelo celular, vai ser muito difícil ter que ficar trocando os aplicativos pra pegar os links que comparam as câmeras, por exemplo, do iPhone 16 Pro e do Galaxy S24 Ultra, mas o Google e o YouTube continuam grátis pra acessar a pesquisar. Recomendo a comparação do Canaltech também, em português. De todo modo, a câmera do iPhone não é ruim, ninguém pode dizer isso de fato, mas afirmar que é a melhor é muito forte. Adiciono também que de nada adianta ter uma câmera com qualidade ótima se o fotógrafo não sabe aproveitar corretamente.

    Se falarmos de novidades, como recursos de IA, a Samsung prometeu, entregou, e saiu muito na frente da Apple que somente contou histórias, mas eu acredito que a IA ainda tem mais pra evoluir, e sinto que as tarefas que ela executa atualmente não são um ponto que vale a pena decidir por um sistema ou outro.

    Isso tudo é apenas a minha visão sobre ter um iPhone, mas ainda sim, o que mais prevalece na escolha de um ou outro é o querer. Se a pessoa quer, tem dinheiro, e vai ficar feliz, que complete seu sonho. Foi por isso que eu fiz a loucurada de comprar um celular dobrável. Nada vai superar o querer. Isso é mais um relato sobre eu não conseguir mais pensar hoje em dia em ter um celular caro, não necessariamente um iPhone, mas qualquer top de linha Android. Eu tenho uma média de uso de 4h por dia de celular, nada justificaria eu pagar 5 mil reais ou mais pra usar tão pouco.

  • Criando (ou tentando criar) um gosto pela academia

    Há anos venho pensado em, como muitos dizem, tentar meter o shape. Não é o trabalho mais fácil do mundo, e realmente não está sendo, e ao longo do meu amadurecimento tentei várias vezes tentar pegar o gosto por academia. Agora eu acho que está funcionando.

    Já passei por várias academias, e mês passado retornei para aquela que foi a minha primeira, a Smart Fit.

    Botei na cabeça a ideia de que esse ano eu preciso emagrecer, e começar a perder as gordurinhas que tenho principalmente no abdômen. Passei a malhar mais vezes na semana, pegando mais pesado na academia, e principalmente regulando minha alimentação.

    Criciúma é nacionalmente conhecida como a terra do carvão mineral, mas para nós criciumenses, é conhecida como terra do x-salada, tanto que se tornou patrimônio cultural da cidade. Era padrão ter semanas onde eu comia muita besteira, sem muitos filtros, e não entendia muito bem como funcionava o aumento de peso e gordura, mas nada que algumas pesquisas no Google não ajudassem com o entendimento básico.

    Não mudei muito a minha alimentação. Sinceramente, no momento, eu não quero excluir nada, fazer dietas restritivas ou qualquer coisa do tipo. Meu problema maior sempre foi com coisas gordurosas. Doce nunca foi a minha praia, então evitar chocolates, docinhos e sobremesas é muito tranquilo.

    O meu foco tem sido no déficit calórico. Tenho um smart watch no pulso desde 2023, mas só agora em 2025 que tenho usado ele de verdade. É um dispositivo que, na sua maior parte, serve para recursos fitness, então venho monitorando as calorias gastas ao longo dos dias, e usando o aplicativo Lose It para adicionar as minhas refeições e ter uma noção de quantas calorias eu consumi no dia para quantas eu gastei.

    Fora o investimento mensal com a academia, comprei também uma balança digital baratinha pelo Magalu, por R$ 39,90. Venho me pesando todos os dias pela manhã, e felizmente conseguindo reduzir meu peso. Voltei para a academia pesando 73 kg, e hoje pela manhã a balança me devolveu 68,7 kg. Meu objetivo é chegar aos 60 kg, e ao longo disso ir perdendo as pochetes na barriga.

  • A perda de influência da área de marketing (e design)

    A perda de influência da área de marketing (e design)

    Recebi um link muito interessante numa newsletter hoje. Uma publicação do M15 chamada O marketing está em apuros. Resumidamente, a postagem traz os resultados de duas pesquisas que demonstram como o departamento de marketing está perdendo a influência. O que espanta é que essa perda de influência é comparada desde 1996 com outros departamentos de uma empresa.

    Contudo, o que mais me chamou atenção nesse texto foram os pontos em que o marketing ainda continua tendo valor (mensagens publicitárias, programas de satisfação e lealdade e mensuração de satisfação), e em quais ele perdeu espaço (expansão para novos mercados, direção estratégica da unidade de negócio, estratégia de distribuição e parcerias estratégicas).

    É impossível não perceber, até mesmo pelo nome, que todas as baixas envolvem estratégias na empresa. Com o boom das inteligências artificiais, era até mais fácil pensar que empregadoras iriam preferir usar IAs para todo o ambiente de criação de conteúdo, mas é totalmente o contrário. O valor enxergado no profissional de marketing ainda está na criação de artes para mídias sociais, e eu preciso destacar um trecho dessa publicação que para mim, é o mais importante de todos:

    O estudo mostrou que as empresas performam melhor quando o marketing tem mais influência nas decisões estratégicas. Pesquisadores descobriram que, quando o departamento de marketing tem mais poder de decisão na empresa, dois aspectos importantes melhoram:

    • O relacionamento com os clientes (coeficiente de 0,222)
    • O desempenho financeiro (coeficiente de 0,150)

    Ler isso me fez pensar em duas coisas diretamente:

    A primeira delas foi a relação verdadeira e forte disso com que eu enxergo aqui na região que eu moro. Eu não posso falar pelo Brasil todo, e nem por todas as pessoas, mas o que eu tenho visto da área de marketing é nada mais do que agências com demandas altas, em que os colaboradores trabalham em um fluxo de pastelaria, ou seja, entrega atrás de entrega sem tempo para respirar, ganhando no máximo R$ 3.000,00 por mês, e suando para conseguir bater a meta.

    Conheci muitas pessoas que viviam sobre esse modelo de trabalho, e que estavam a beira de um burnout. Um trabalho sem valor, baseado totalmente no aspecto visual, e que por mais triste que isso possa ser, não há incentivo e nem mesmo chance de melhoria do método de trabalho, porque isso esbarra em patrões que não olham para a qualidade de vida dos seus funcionários. Os clientes estão satisfeito e o dinheiro está caindo todo mês? Então está tudo bem.

    A segunda coisa que pensei, é sobre como isso é muito parecido com a área em que eu trabalho. Atualmente eu sou designer, trabalho com produtos digitais, na esfera da experiência do usuário (UX). Eu acho muito bacana, e fico feliz demais que a área que eu trabalho está crescendo, e que por ser professor, eu posso ajudar uma série de pessoas. Ao mesmo tempo, faço a relação de como está isso também na minha região.

    Já conheci algumas pessoas da minha cidade que estavam migrando para trabalhar com UX. Em todos os casos, as pessoas me perguntavam um direcionamento, por onde podiam começar… papo normal de quem está começando em algo novo. Em todas essas conversas, eu disse a mesma coisa:

    Estude, e se aparecer oportunidades aqui em Criciúma ou região, aceita, mas não fica presa na nossa cidade. A nossa profissão nos da a liberdade de poder trabalhar em casa, e muitas empresas entendem e adotam isso. A grande demanda de designer da nossa área por aqui é, na sua maioria, visual. Pessoas que sabem mexer no Figma para fazer a interface de um site ou aplicativo, e nada mais. Nossa área é mais do que isso.

    Bom, eu não disse com essas exatas palavras, mas essa é a ideia que transmiti. Tanto marketing quanto design são áreas fáceis de serem diminuídas, porque as pessoas não entendem o potencial e tudo o que esses profissionais podem fazer. Ainda tem gente no mundo que acredita que design é sobre desenho.

    É confortante para mim ver essa pesquisa dizendo que quando o departamento de marketing tem voz sobre as decisões estratégicas, as empresas performam melhor, pois é a mesma visão que tenho sobre UX. A questão é que as pessoas jurídicas precisam perceber que isso é essencial, e não um adicional.

  • A ignorância virando sabedoria

    A ignorância virando sabedoria

    Na minha adolescência, mais precisamente entre os 14 aos 16 anos, eu tinha uma série de julgamentos pra uma série de coisas diferentes. Hoje com 26, ou seja, 10 anos depois, eu olho para trás e ironizo as coisas que eu julgava, principalmente pelo fato de fazerem parte da minha vida agora.

    Lembro que eu era muito hater de iPhone, baseado em absolutamente nada. Provavelmente pelo alto preço e a comparação com outros top de linha. Até hoje, nunca tive um iPhone, e não penso em ter, gosto muito da Samsung. A gente não sabe o dia de amanhã, mas eu comento com a minha esposa que em algum momento da minha vida, eu sinto que vou migrar todos os meus dispositivos pro ecossistema da Apple. É um preconceito sem sentido. Apple é uma marca cara? Com certeza, mas não deixa de ser uma marca forte, com um ecossistema maravilhoso onde tudo se conecta, e nenhum outro sistema faz melhor ou igual.

    Já tive também frescuras com anime. Isso deve ter vindo por conta dos memes de otaku que eu via na época do Facebook, ou seja, totalmente influenciado. O mais engraçado é que eu já havia assistido animes como Dragon Ball, Zatch Bell, Yu-Gi-Oh!, e mais alguns outros que às vezes passavam na Globo ou SBT. Agora fazemos um corte brusco para 2024, quando a Netflix começou a lançar os novos episódios dublados de Naruto Shippuden, e eu devorando cada episódio desse anime, me arrepiando, emocionando, e pedindo mais, e agora em 2025, nem 6 meses que eu terminei de assistir, estou revendo tudo (desde o clássico) com a minha esposa, porque eu quero muito ver a reação dela descobrindo coisas como a verdadeira história do Itachi, ou vendo a maravilhosa luta entre o Naruto e o Pain.

    Quem me conhece e principalmente já andou comigo, sabe que eu sou uma pessoa muito eclética com relação a gêneros musicais. No meu Spotify, tenho pouco mais de 1.500 músicas curtidas, e eu não preciso nem colocar no aleatório, pode ser na cronologia de músicas curtidas mesmo, você vai encontrar Roberto Carlos, seguido por Gorillaz, Cazuza, Dua Lipa e Matuê.

    Se a música é boa para os meus ouvidos, não importa o gênero que for, eu vou ouvir, mas nem sempre foi assim. Já tive frescuras com funk, screamo, k-pop… E hoje eu ouço tudo isso e muito mais estilos musicais. Tenho Eminem como meu cantor favorito, e de acordo o Spotify, é o cantor que eu mais escuto, mas lá estava a música Chasing the Sun do The Wanted nas minhas mais ouvidas de 2024. Dois anos antes disso, eu estava pleno no camarote do show da Luísa Sonza aqui em Criciúma, e toda vez que escuto Leão da Marília Mendonça, me arrepio.

    O ponto que eu quero trazer é que estamos em constante evolução, e por mais que hoje tenhamos uma opinião formada sobre alguma coisa, amanhã essa opinião pode mudar totalmente. A questão é que precisamos ser mentes abertas, ter menos preconceitos, mas também aceitar que cada um tem seus gostos e que por mais que você não goste, também não faz sentido julgar.

  • O Homem do Saco era pra ser terror?

    O Homem do Saco era pra ser terror?

    Domingo (02) eu fui ao shopping com minha excelentíssima, e passando na frente do cinema vimos a capa desse filme que nos chamou atenção.

    Gostamos de filmes de terror, mas a triste verdade é que se tem aparecido tantos filmes bons do gênero. Sem pesquisar sobre, e sem nem mesmo ver o trailer, decidimos ir ontem assistir a essa bomba.


    Esse filme não tem pé nem cabeça, é completamente cheio de furos. Começa com uma cena a noite, de uma menina conversando com seu pai sobre pesadelos que vem tendo. Dado momento o pai se afasta rapidamente, todas as luzes da rua se apagam, a menina sai para procurar o seu pai, que está imobilizado no chão, e uma criatura pega essa criança e a coloca num saco.

    Não se engane se o parágrafo anterior pareceu confuso, pois foi realmente essa a cronologia de uma cena de no máximo 5 minutos, para realmente começar o filme de verdade.

    A história é centrada numa família (homem, mulher e filho) que pela casa e terreno enorme em que vivem, parecem viver muito bem, até chegar o primeiro furo do filme que é o pai dessa família, Patrick McKee (Sam Claflin), que parece trabalhar na madeireira do irmão por conta de uma cena de 5 segundos, mas não temos como chegar nessa conclusão porque no resto do filme ele simplesmente não trabalha. Patrick aparentemente estava trabalhando num projeto para cortar os galhos de uma árvore, coisa que ele mostra para o irmão em seu notebook, mas que rapidamente é contrariado pelo fato de estar devendo dinheiro, e que está investindo tempo numa ideia sem futuro. Pronto, é isso. Não tem mais nenhuma menção ao longo do filme sobre esse tópico.

    Caímos então para o filho de Patrick, uma criança com seus 2 ou 3 anos de idade, que é apaixonada por uma flauta de brinquedo ao ponto de deixar a família estressada de tanto que toca. Sobre a esposa, sinceramente não sei nem o que escrever, porque o filme não se aprofunda nem um pouco nela, então deixamos passar.

    O grande ponto que roda o filme no começo é uma paranoia que inicialmente Patrick, e em seguida sua esposa também, vinham sentindo acreditando que alguém estava invadindo a sua casa. A polícia é chamada uma série de vezes para investigar, encontrando de fato algumas pistas sobre um real invasor, mas nada conclusivo o suficiente. Objetos do passado de Patrick, com uma coruja esculpida na madeira e um boné, ambos perdidos durante sua infância, reaparecem magicamente, mas é claro que o imbecil não contou isso para a polícia. Mas se engana se você acha que ele não contou isso para ninguém, pois temos mais uma cena sem sentido nenhum com o irmão dele, em que ele conta ter achado essas coisas, o irmão não da bola, e temos mais uma cena desnecessária.

    O filme tem alguns flashbacks. O primeiro mostra Patrick e seu irmão crianças indo até a entrada de uma mina abandonada, em que os dois tem medo de entrar, mas Patrick só decide sair dali após conseguir pegar um galho de uma madeira muito rara que viu. Enquanto cortava, algo faz com que Patrick caia no chão, e uma mão com uma tesoura corta alguns fiapos do seu cabelo.

    No outro flashback é mostrado o pai andando com ele no meio da floresta contando que toda uma área perto do penhasco em que eles estavam pertencia ao Homem do Saco. O objetivo do pai era realmente assustar o filho, e é muito claro na fala e na feição que o pai acredita firmemente nessa história. Ele conta que o primeiro ato é o Homem do Saco cortar o cabelo da criança, para sempre saber onde ela está, para que assim possa roubá-la, mas ele adiciona que há uma maneira de se proteger, que é guardando consigo um objeto que para a pessoa é muito importante.

    Ao longo do filme, vemos algumas pequeninas cenas de Patrick esculpindo madeira com uma faquinha, que também é mostrado nesses flashbacks. É tão irrelevante até o flashback, que você só percebe a importância quando o maldito, num ataque de raiva usando seu notebook, quebra a lâmina da faca e a joga fora.

    Lembra da flauta da criança que eu comentei que trazia estresse para a família? Ora vejam só, num surto ao tentar trabalhar, a esposa de Patrick da um esporro no filho que está flauteando pra lá e pra cá, e mais tarde pega essa flauta e pede para que o marido se livre dela. A flauta não é jogada fora, mas misteriosamente ela desaparece.

    Diante desses objetos, a presença do Homem do Saco começa a ficar mais constante ao longo do filme, deixando a família mais paranoica, até que Patrick decide ir a antiga psicóloga que ia na infância junto da esposa, e é lá que a mulher descobre sobre esse trauma e a história do Homem do Saco vivida por ela quando criança. É claro que ela não acredita, quem seria doido de acreditar num homem que bota crianças boas num saco?

    Para aliviarem os nervos, eles deixam o filho com a irmã da esposa por uma noite. Quando tudo parecia estar bem, a energia do seu apartamento é desligada, a tranca da sua porta é magicamente aberta por dentro, e claro que ela é atacada (e também imobilizada) pelo Homem do Saco. A grande sorte é que ela foi salva pelo segurança do prédio, que não viu ninguém no apartamento, mas estranhou pois apenas a imagem da câmera que batia na porta de seu apartamento havia sido desligada.

    Após esse ataque, todos vão passar a noite na casa do irmão de Patrick, e alguns policiais ficam escoltando a frente da casa para proteger a família, mas ninguém contava com a astúcia do Homem do Saco. Patrick acorda durante a noite, vê todos da casa imobilizados no chão, e sai a procura do filho pelos quartos, e encontra o Homem do Saco fechando o zíper (do saco, ok?).

    A criatura é atleta. Se botasse numa competição de atletismo, ganharia fácil, pois ela corre absurdamente rápido, sem deixar rastros, mas obviamente Patrick sabe para onde ela iria, que é o seu covil dentro de uma mina mostrada num dos flashbacks.

    Ele entra na mina, encontra o covil da criatura, acha o saco pendurado mas quando abre, vê que ali dentro havia apenas um boneco que emitia uma voz fina dizendo “papai, socorro”. Percebemos então que a desgraça da criatura não estava indo atrás do filho de Patrick, e sim do próprio Patrick. Ela guardou essa mágoa durante tantos anos, que decidiu mudar a lenda de roubar crianças boas para acrescentar um pai de família na coleção.

    Bom, existe uma piada em torno do ator Sam Claflin, de que os personagens que ele atua acabam morrendo, então na primeira cena em que eu vi ele, já tive a certeza da morte.

    No meio do covil, Patrick é atacado pelo Homem do Saco, que mostra que ele pegou a sua faca quebrada, e por isso conseguiu chegar até ele. Com muito esforço, Patrick consegue pegar uma pedaço da faca e crava na cabeça da criatura, que rapidamente foge e desaparece. Quando ele está próximo de sair da mina, o Homem do Saco retorna, e finalmente consegue botar ele dentro do saco, com alguns sons de ossos quebrando pois pelo tamanho do saco, uma pessoa adulta não caberia ali dentro.

    A polícia sai para investigar, e mesmo sem pista alguma, eles vão até a entrada da mina que Patrick entrou, provavelmente porque a esposa comentou sobre ela, mas pelo andar da carruagem, eles não entram dentro da mina. Essa cena só serviu para que eles encontrassem a flauta da criança jogada na entrada da mina.

    O filme acaba com a mãe e o filho se mudando da casa, agora estando com a flauta novamente, e a mãe pedindo que a criança jamais largue o seu brinquedo. Ele termina com um ar de continuidade, mas eu espero que pelas críticas, eles nem cogitem fazer um “O Homem do Saco 2”.

  • Minha experiência com um Galaxy Z Fold4

    Minha experiência com um Galaxy Z Fold4

    Em 2022, o meu celular pessoal era um Samsung Galaxy S20 FE. Era um celular que me atendia muito bem, tinha tudo o que eu precisava, e tudo o que eu não precisava também. Mas o ser humano tem olho gordo, e em um belo dia, um diabinho apareceu sobre o meu ombro e me disse “compra o celular dobrável”.

    Falando sério agora, um celular dobrável é realmente algo fascinante, e eu tinha minhas curiosidades sobre como seria usar esse celular no dia a dia. Passei na loja da Samsung, mexi um pouco no celular, e realmente parecia ser um celular fabuloso, o problema era o preço: 11 mil reais.

    Em casa, pesquisando mais sobre o celular, descobri que a Porto Seguro estava com um plano de assinaturas de smartphones, e coincidentemente o Z Fold 4 estava lá. A pessoa poderia alugar o celular por um ano, pagar metade do valor, e no final do período poderia renovar a assinatura, comprar o smartphone, ou devolvê-lo. A chance de ter um celular dobrável me pareceu mais palpável, ainda mais pelo fato de que de brinde, eu ganharia um Galaxy Watch4 Classic, a capinha original do Z Fold 4 junto com a S Pen, e um ano de garantia do celular. Pensei “por que não?”.

    Tela

    A tela é, obviamente, o maior atrativo do celular. A maior desconfiança no começo, e o que todos sempre me perguntavam quando me viam com esse celular, era se a dobra no meio incomodava ao mexer, e a resposta é só uma: nem um pouco.

    Colocando o celular inclinado, se vê a dobra normalmente, mas usando ele igual qualquer pessoa usa, ou seja, de frente para o rosto, você não nota a dobra. É como se a tela inteira fosse totalmente reta.

    Talvez, a maior questão com a tela maior seja com relação ao design responsivo dos aplicativos. Se fala muito disso no design para web, mas parece que as pessoas se esqueceram que existem uma série de celular com tamanhos diferentes. Felizmente, existe uma opção para não deixar um aplicativo em tela cheia, e deixar em visão 3:4 (ou 4:3) ou 9:16.

    Usabilidade

    No começo é um pouco complicado, pelo para mim que nunca teve interação com um tablet. Você quer usar um celular dobrável com a tela maior, então isso implica em obrigatoriamente usar as duas mãos, e ter que se acostumar que algumas coisas estão distantes e você precisa se movimentar mais para alcançar.

    O que eu mais gostei, de todos os aspectos que esse celular tinha para me oferecer, era o fato de que eu podia separar dois aplicativos em cada um dos lados da tela maior, e ainda poder colocar um aplicativo em janela pop-up por cima, mexendo ao todo em três aplicativos, e sem prejudicar nada. Eu realmente fazia muitas atividades multitarefas, como abrir um aplicativo de organização financeira de um lado, o aplicativo do banco do outro, e uma calculadora por cima. Comparando com o meu celular antigo, eu otimizava muito tempo com isso.

    Demorei muito para me acostumar com o teclado. O modelo padrão do teclado tinha uma divisão no meio, deixando mais espaçados as teclas para alcançar uma certa parte com a mão esquerda, e outra com a mão direita. Eu levei pouco mais de 3 meses para me habituar, já que desde o meu primeiro smartphone eu estava acostumado com teclas juntas na interface.

    Câmera

    Não sou nenhum fotógrafo e nem mesmo tenho conhecimento do assunto, mas as câmeras traseiras e somente elas eram realmente muito boas, com uma qualidade sensacional, e uma estabilidade de vídeo durante a gravação espetacular.

    A câmera frontal é terrível, é só isso o que eu tenho a dizer sobre ela. O interessante é que para selfies, esse celular dispensa o uso da câmera frontal, pois ele tem um recurso em que você pode usar a tela frontal (a menor) para ver o que está na câmera traseira, e assim usar da melhor qualidade que esse celular tem para oferecer.

    Proteção

    Nem tudo são flores. É comum ir até lojas em shoppings para colocar película no celular, ou comprar uma capinha. Se você já encontrou uma capinha para esse celular que não fosse numa autorizada da Samsung, você é uma pessoa de sorte. Eu busquei capinha em São Paulo, Gramado, Maceió, Florianópolis e Brasília, durante viagens, e em nenhum desses lugares eu encontrei.

    A película tem uma história semelhante, mas mais triste. Caso você não saiba, o Z Fold 4 possui uma película de proteção na tela dobrável, que já vem de fábrica. A Samsung recomenda fortemente a nunca tirar essa película, para evitar problemas numa tela em que qualquer erro pode ser prejudicial, só que tem uma questão: todo ano essa película passa a criar bolhas. É como se ela tivesse uma validade de um ano, pois tanto no meu primeiro ano quanto no segundo, no mesmo mês que comprei, essa passou a criar bolhas dando a hora de trocar. O ruim é que é necessário levar o celular na assistência autorizada, pois máquinas de impressão em shoppings não possuem o modelo correto desse dispositivo, e eu digo isso por experiência própria, pois eu tentei na primeira vez. Não bastando levar na autorizada, você ainda precisa deixar o celular lá, que pode ficar por até 5 dias, e não importa se você está com o seguro, pois a Samsung retirou o problema da película disso.

    O fim do meu Z Fold 4

    Depois de mais de 2 anos com esse celular como principal, apareceu um problema de repente que impossibilitou o uso dele de forma recorreira.

    Num belo dia eu acordei, e o meu celular estava desligado. Tentei ligá-lo muitas vezes sem sucesso, e conectei no carregador achando que fosse a bateria, mas estranhando muito pois eu nunca deixava ele descarregar totalmente. De repente, consegui ligar ele, mas somente com a tela aberta. Ao fechar o celular, ele desligava instantâneamente. E de brinde, o celular já não estava mais abrindo 100%, ficando super levemente fechado, mas ainda não ficando reto ao ser colocado numa mesa.

    Procurei na internet, e encontrei no Reddit uma série de pessoas na mesma situação, o que parecia ser um problema recorrente desse modelo.

    A garantia já tinha terminado, e eu precisava saber se valia a pena arrumar, ou se fazia mais sentido comprar um celular novo. A moça da Samsung que me atendeu chegou a dar até uma risada quando viu o preço. Seriam R$ 4.200,00 para que o time técnico pudesse trocar a tela e ajeitar as peças.

    O resultado é que estou usando novamente o meu antigo S20 FE, e agora só uso o Z Fold 4 para assistir algo ou jogar.


    Fiquei triste por não ter mais essa mordomia que o Z Fold 4 me dava, mas eu imaginava que só pararia de usar ele quando algum problema aparecesse, e essa era a única certeza real que eu tinha, de que um problema ia acontecer em algum momento.

    Celulares de tela dobrável, na minha visão, ainda são experimentos. Eu não compraria outro, tanto pelo risco de algo quebrar, mas principalmente pelo fato de ser absurdamente caro. Ninguém, nem mesmo eu, precisa de um celular dobrável. Há celulares tão bons quanto, por um preço bem menor, e sobrando dinheiro para comprar um tablet caso a pessoa queira uma interface maior e de toque.

    Por que eu ou uma pessoa compraria um celular dobrável? Simples, é só fato de querer. Eu queria ter um dobrável, consegui uma oportunidade de pagar menos, ainda mais considerando que ele era alugado, e eu o comprei depois, então é como se eu tivesse parcelado ele em mais de 12x (ao todo, se bem me lembro, foram 18x contando aluguel e compra).

    Agora estou na questão de se troco a bateria do meu S20 FE, compro um novo celular da linha S da Samsung, ou se migro para um iPhone pela primeira vez. Descubra nos próximos episódios.

  • BBB e o Fenômeno Juliette

    A partir do momento que a Globo resolveu chamar pessoas famosas para participar do reality show, o Big Brother Brasil passou de ser um programa em que as pessoas tentam receber a premiação final de 1 milhão (ou mais) de reais, para na verdade, conseguirem engajamento e público suficiente para se tornarem a nova Juliette Freire.

    Dispensamos qualquer introdução sobre quem é a Juliette, mas é interessante relembrar que ela entrou no reality show como uma pessoa totalmente anônima, e saiu famosa, milionária, com uma série de marcas querendo um pedacinho da nordestina.

    O mais interessante disso tudo é que Juliette continuou com o destaque mesmo após o fim do programa, diferente de outros vencedores que voltaram pro anonimato, que gastaram todo o dinheiro da premiação com futilidades, e quando buscamos o nome do Google só encontramos notícias como “Lembra dele? Veja como ele está atualmente”.

    A obrigatoriedade em ter uma rede social, uma equipe de marketing boa, e ser—ou tentar—uma pessoa correta sem forçação de barra como o Fiuk são os requisitos para quem quer sair do programa como um criador de conteúdo ou influencer com um sucesso tão grande como o de Juliette. Só que não é tão fácil quanto parece.

    A edição de 2023 deixou isso muito claro, com uma série de participantes que após saírem da casa relatando a falta de oportunidades em empresas querendo fechar parcerias.

    Na publicação feita pela Revista Quem, a equipe do ex-bbb Michel trouxe que “Ainda que a gente saiba que poucos se destacam, não pensei que seria tão difícil para a maioria. Juro, vocês não sabem, mas todos estão devendo ou gastando o que não tem em busca de oportunidades”.

    Não faço julgamentos sobre o que cada um quer sobre a sua vida, mas é loucura pensar como pessoas podem desistir de muitas coisas, mesmo passando dificuldades, para tentar seguir uma “carreira” de criador de conteúdo.

  • Eu criei um blog (de novo)

    Ao longo da minha vida, eu tive uma série de blogs diferentes.

    Se bem me lembro, o primeiro de todos na realidade não era meu, mas eu fazia parte da “equipe”. Eu devia ter uns 12 anos, e eu participava de comunidade de RPG de Harry Potter, e usávamos esse blog para noticiar as coisas do jogo. Lembro que esse blog tinha sido criado no Weebly.

    Ainda nessa mesma época, eu havia criado o meu primeiro, pelo Blogspot, para relatar as coisas que eu vivia na escola, compartilhar notícias, acontecimentos, e tudo mais que tivesse haver com o lugar que eu estudava.

    Um pouco diferente disso, mas também tive um Tumblr aos 11 anos de idade, na época que o Tumblr era uma febre. O meu perfil era mais para compartilhar os famosos e originais memes.

    Infelizmente (ou felizmente, depende do ponto de vista) eu não tenho registro de nenhum desses, mas não foram meu últimos contatos com isso.

    Vários anos depois, já atuando como designer, decidi começar a escrever sobre o assunto, e a primeira publicação foi para um blog de design da universidade que eu estudei, chamado Letraset, mantido no Medium. Tinha sido o meu primeiro contato com essa plataforma, e eu gostei tanto que passei a postar algumas coisas por lá, mas vez ou outra eu publicava pela opção de artigos do LinkedIn.

    Junto com um amigo, criamos um espaço também no Medium para a Code Dimension, que hoje é uma empresa voltada para o ensino de programação, e lá publiquei algumas coisas relacionadas a design de experiência e interface.

    Por fazer parte do time de instrutores da Alura, já publiquei também uma série de artigos por lá, que nem consigo mais contar.

    Agora chegou a vez de ter o meu próprio. Gosto de escrever, e esse processo da escrita e publicação digital faz parte da minha vida há mais de uma década.

    É we que fly.